Nova Ordem Renegada
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O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado)

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Mensagem por Admin Sex Nov 27, 2015 5:41 pm

[Participantes: Mona Mayfair, Jason Keylosh, Kalekrasi "Ceifadora"
Locais:
- Vila próxima de Brrzengard
- Forte subterrâneo de Brrzengard]





Mona Mayfair, uma feiticeira com exímio poder de manipulação, não ficava muito tempo sem virar notícia. De vila em vila, de cidade em cidade, ela seduzia as pessoas ao seu redor. Tinha confiança em suas habilidades, mas sempre quando abusava delas, acabava presa pelos habitantes do lugar, que tentavam lhe queimar na fogueira. Há alguns anos isso havia acontecido em uma vila próxima da Cidade Imperial, em Terânia, e, na ocasião, Lei Keylosh livrou a feiticeira da situação, levando-a para a base dos Cavaleiros Imperiais. O então capitão das forças teranianas terrestres teria sido seduzido pela ardilosa feiticeira se não fosse pela crise que se instaurou no lugar, o que causou o fim dos Cavaleiros Imperiais e a oportunidade perfeita para que Mona pudesse fugir.

Anos mais tarde e Mona se encontraria em uma vila próxima do reino nas montanhas geladas conhecido como Brrzengard. E, mais uma vez, suas artimanhas foram descobertas e ela foi trancada em uma cela para aguardar a morte na fogueira no dia seguinte. Seus feitos manipulativos anteriores à condenação, entretanto, não passaram despercebidos, e as notícias dos poderes da feiticeira - que também era chamada de bruxa, entre outros apelidos menos civilizados - se espalharam pela região, de modo que sua morte na fogueira tornou-se um espetáculo a ser visto por centenas de pessoas.

A cidade era pequena, mas suas forças protetoras eram competentes. Tomaram todas as precauções para que Mona não conseguisse fugir de sua cela de forma alguma, incluindo área de anulação de magia e outros aparatos. Nenhum guarda sequer se aproximava de sua cela, e sua comida foi servida em uma bandeja que foi arremessada pela superfície do chão, passando por baixo da grade mais baixa.

Se o sistema seria ou não eficaz para conter a feiticeira, ninguém nunca saberia, pois algo quebraria o silêncio daquela noite. Mona pôde perceber uma movimentação na porta de entrada da prisão, há alguns metros de distância. A luz das velas iluminava precariamente o lugar, mas a feiticeira conseguia enxergar uma silhueta feminina conversando com os guardas. A figura misteriosa conversava com os homens e apontava Mona em sua cela a todo instante. Finalmente, um dos guardas guiou a mulher para perto da cela de Mona. A feiticeira ainda não enxergava totalmente a figura à sua frente, mas agora via que era uma mulher magra com um vestido negro bem alinhado. Tinha os cabelos totalmente brancos e a pele extremamente pálida. Os olhos estavam ocultos sob os cabelos e pela sombra das chamas fracas das velas. A mulher puxou um banquinho de madeira e sentou-se há três passos das grades. Sua voz era feminina mas ligeiramente alterada. Provavelmente não era humana:

-Incrível o que conseguimos com um vestido apertado e uma bolsa de moedas de ouro, não? Mas acho que você já sabe, melhor do que eu, na verdade. As notícias de sua presença na cidade se espalharam rapidamente. A maioria das pessoas sente medo, até mesmo os guardas sequer se aproximam de você com medo de se apaixonarem com um olhar. Eu vim conferir se você é tão boa quanto dizem.


Última edição por Admin em Dom Abr 17, 2016 1:48 am, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Mona Mayfair Sex Nov 27, 2015 6:45 pm

Oras se não era bruxa manipuladora, não sabiam descrever cem por cento Mona.

Depois do incidente no acampamento dos Cavaleiros Imperiais, ao qual fugiu estando em acordo com Lasher, seu espírito/daemon "protetor". Digamos protetor bem entre aspas, Lasher era grande parte de seus poderes, quase a metade. Lorde dos trovões e raios, bem casado com as mudanças climáticas e um gosto requintado por ouro e jóias e pela sua amante, a bruxa Mayfair, a qual se referia como "Minha amada".

Mas o destino pode se virar, ah sim!

Apanhada por um tipo de doença mágica, uma coisa que ele e ela pensavam ser o preço do abuso de magia, Mona, com 18 anos desde então, se via rejuvenescendo lentamente. Passava-se por infante, baixinha e toda rosada em aparência de 14 anos. Ninguém a perseguia, pois era "apenas uma criança com amigo imaginário", mas a feiticeira era tão ostentadora de seu poder, que logo fez mais e mais evidências mágicas. Veja bem, roubar galinhas para fazer um ensopado tudo bem, todos sabem que há lobos na floresta, mas e quando o Conde da aldeia morre e seu tesouro desaparece logo antes de uma carroça também?

Era então, taxada e perseguida, pobre Mona, viciada em magia e poder. Bem que poderia ter ficado com os Cavaleiros Imperiais! Seria tão mais fácil manipular as pessoas, do lado de alguém tão bobo e bonzinho como Lei Keylosh! Mas não, sua natureza de cigana corrompida a fazia trilhar todos os caminhos onde via-se poder, riquezas, oportunidades para roubar toda e cada gota de felicidade de uma aldeia e aprisionar em um frasco...

Foi enfim capturada em uma vila pitoresca e fria, caindo em uma armadilha feita por um Alto Inquisidor, que a procurava desde que aparentava 16 anos. Finalmente, entre gritos e maldições (que realmente aconteceram), fora amordaçada e levada para a cela, despida de todas as poções e sortilégios, apenas ficando com o vestido de inverno, um longo um pouco largo, em veludo grosso com detalhes creme, trancafiada na cela de paredes altas e porta só com um observatório alto, que só dava para ver o que estava acontecendo, ficando na pontinha dos pés descalços.

No começo, brincou, por puro tédio. A comida era horrível e não tinha nem vinho! Porcos! Claro que Lasher lhe serviu de bastante ajuda, rolando uma garrafa do mais fino vinho pelas barras da janela, assim como sacos de comida embrulhada. Se perguntarem de onde veio a comida, era do Alto Inquisidor, ele próprio, que ficava com muita raiva a cada vez que sua refeição régia desaparecia.

Se divertiu formando bonequinhos com os ossos de galinha, perdiz, todo tipo de aves que compunham sua dieta flutuante. Nos bonecos, colocava palha do colchão para fazer jus a cabelos e arrumava linha, agulha e tecido com Lasher. Imaginem o susto e o horror quando ela rolava os fetiches para os guardas que a guardavam, precedidos por uma risada infantil totalmente maléfica! E o pior, ela estava ficando boa nisso. Arranjou um pedaço de carvão e alfinetes, mandava os bonequinhos por baixo da porta de ferro frio.

Isso era de se pensar, porque, desde quando foi para a cela, aquela porta a queimara de um jeito tão marcante que ela gritou, assustada. Corriam boatos desde então que a feiticeira tinha algum pacto com seres especiais fadas, ou até que era uma changeling, uma criança-fada que fora trocada por um bebê humano no berço. Ela ficava sem Arcádia, o bebê... bem, que ele se exploda!

Poucos sabiam o quanto estavam certos e, naquele cubículo, ela nem encostava na porta.

Em uma noite invernal, quando olhava para seu amante incorpóreo, sussurrando algo na língua feérica, ouviu um burburinho. Se levantou e desamassou o vestido, ficando a 15 centímetros da porta, equilibrando-se na ponta dos pés. A silhueta era feminina, esguia, até mesmo graciosa e estava vindo em sua direção. Bufou, mulheres que conseguiam entrar lá, sem serem algemadas, eram perigosas. Enfim, sentou-se no chão e a escutou. Riu de escárnio, com a voz anasalada de criança crescida e mimada.

- Não, eu sei mais como tirar vantagem com qualquer coisa que tenho a minha mão. Isso quer dizer, tudo. - sorriu e fechou os olhos, apoiando a cabeça na mão de partículas quentinhas que era a de Lasher. - O que você quer, de verdade? Vai me tirar daqui? Ou vou ter que dizimar mais uma aldeia por tempestades ferozes, se sabe algo sobre mim, então sabe que isso é verdade. Em todas as inquisições, conjurei raios e trovões, mas esta miserável aldeia me trancou como um demônio numa caixa de espelhos. - comentou, calma. - Tudo o que preciso é de uma brecha na barreira mágica e este maldito portão abaixo. Posso te ensinar sinceramente, qualquer tipo de sortilégio. Seja para sair deste inferno, seja para te impressionar, mulher, me solte e eu lhe darei o mundo.

Encerrou a fala arrastada, sempre com aquele sotaque bittersweet, de uma criança amargada desde muito tempo. Mordia, sem pensar, o lábio inferior e os olhos díspares, uma esmeralda e uma opala, se abriram para ver, em silêncio, o que se desenrolaria, o que resolveria seu atual problema.
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Mensagem por Admin Dom Nov 29, 2015 2:12 am

[ Off: Eu imaginei a princípio uma cela composta apenas por grades, através da qual seria possível ver o interior dela a todo instante, mas já que você descreveu uma porta para a cela, então vamos considerar que elas estão conversando através da portinhola desta porta. ]

A mulher misteriosa riu debochadamente e, pelo barulho do banquinho e dos passos, Mona pôde concluir que ela se levantou e caminhou para perto da porta. Agora conversavam através da portinhola, mas nem Mona e nem o rosto da mulher ainda eram totalmente visíveis por causa da falta de iluminação dentro da cela. A mulher continuou:

- Engraçado que tenha me oferecido o mundo, pois eu ia lhe oferecer exatamente o mesmo. Sim, ouvimos falar sobre estas tempestades ferozes que dizimaram vilas inteiras. Muitas delas começaram no exato momento em que alguém acenderia a fogueira sobre a qual você estava amarrada, o que apenas aumentou o medo que as pessoas têm de você. Um homem daqui mesmo disse que a cerimônia de amanhã é um erro. Ele disse que ninguém deveria tentar queimar a garota de cabelos ruivos e olhos de cores diferentes, porque um desastre sempre acontece.

A mulher parou de falar por um instante e deu alguns passos em outra direção. Pegou algum objeto na mão e voltou para perto da porta. A julgar pela luz que a acompanhava, ela segurava uma lamparina. O objeto projetou luz para dentro da cela e agora era possível ver parte do rosto de Mona, bem como o rosto da mulher misteriosa. Seus olhos eram totalmente brancos e ligeiramente amarelados. Sua pele parecia lisa, mas na verdade era podre, com partes da bochecha faltando. Mona sabia o que era aquilo. Se ela mesma nunca tivesse se aventurado nos campos da necromancia, com certeza já havia visto necromantes conjurando coisas como aquela. Mas um morto-vivo de plena consciência, capaz de articular e argumentar... Isso era ainda mais estranho. A mulher fez uma expressão de surpresa:

O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado) Beatrix_01

- Ahh... Achei que era mais velha, pelas descrições. É de se imaginar que um povoado capaz de queimar vivo qualquer praticante de magia não iria parar por se tratar de uma garota. Você teve um pouco de azar, minha querida. Provavelmente usaram aparatos para lhe prender criados em Brrzengard, aquelas montanhas com neve no horizonte. O antigo regente de lá criava estas coisas e suas invenções devem ter se espalhado pela região. Mas Brrzengard tem um novo regente agora que, por acaso, é o meu mestre. Eu posso criar a brecha na barreira mágica da qual você precisa, mas apenas se me prometer que irá comigo conhecer meu mestre em seguida. Tenho certeza de que ele se interessaria por alguém com as suas habilidades. O que me diz?
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Mensagem por Mona Mayfair Dom Nov 29, 2015 10:31 am

O silêncio em que ficou, sem resposta até quando se ouviu os ruídos sutis, foi um desafio para a feiticeira que se contentava apenas em imediatismo. Será que o corpo infantil a deixara assim? A única certeza que tinha era que estava enlouquecendo aos poucos.

Estava na pontinha dos pés, quando a mulher desconhecida falou. Como assim alguém me prometeria o mundo? Ela era quem disfarçava seus interesses com promessas. Achava que já tinha casado umas cinco vezes por interesse e envenenado todos eles. Riu, passando a mão nos cachos ruivos. Alguém enaltecer seus feitos? É verdade que, em cada cidade que tentaram a queimar, uma forte tempestade, água, granizo, ventos que destruíam os telhados dos aldeões.

- Não desta vez, minha cara estranha. Meus poderes estão trancafiados nesta aldeia nojenta. - e cuspiu no chão, como as bruxas fazem quando falam de algo ruim. - Tenho receio até que uma força que ninguém sabe, não possa me ajudar. - suspirou e olhou para o portão com raiva nos olhos díspares. Queria sua liberdade.

Esperou pacientemente uma resposta, mas, ao se iluminar a cela, pela portinhola, viu do que se tratava. Sim, uma morta-viva, com todas as características. Sorriu, a olhando sem medo. Ela própria já havia conjurado alguns destes monstros, mas Lasher tinha ciúmes de qualquer coisa sobrenatural ao lado de sua amada.

Engraçado ela mencionar que era jovem. Pff. Esta bosta de paradoxo de feitiços a atingiam como uma contagem regressiva para o inferno. Bruxas vão pro inferno, eles dizes. Queimem as bruxas, cada osso, cada pedaço de carne.

Então, o convite. Mas podia ser uma cilada. Podia ser vendida como escrava, sem forçada a fazer coisas com seus dons que não gostaria. Mas, se era pra escapar da morte iminente, por que não arriscar? Abriu um sorriso maldoso.

- Abra a brecha, derrube o portão. Me encontre na fronteira de Brrzengard. Vou ver se arrumo um jeito de me camuflar, se for forte seu feitiço para anular este da cidade. E sim, vou ver seu mestre. - um regente de uma cidade grande e civilizada queria seus poderes... Era de se pensar no quão manipuladora poderia ser sem ninguém reparar. Pegou um dos bonequinhos e colocou no bolso do vestido e se voltou para a porta de ferro frio. - Não posso nem tocar no portão. - se abraçou, sentindo Lasher por perto. - Crie a brecha.
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O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado) Empty Re: O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado)

Mensagem por Admin Seg Nov 30, 2015 10:19 am

- Excelente. - Respondeu a decrépita mulher, afastando-se alguns passos da porta da cela, mas continuando a falar: - Eu já imaginava que aceitaria meu convite, por isso tomei a liberdade de adiantar alguns passos. - A mulher parou de falar e alguns momentos de silêncio se sucederam. Não demorou muito até que sons de luta fossem ouvidos vindos da entrada da prisão. Eram vários atacantes. A morta-viva teria cúmplices? O local ficou bem mais silencioso com todos os guardas mortos, exceto por um som de passos arrastados. Parecia que alguém estava puxando forçadamente outra pessoa para perto da porta da cela. Mona ouviu o diálogo:

- Vamos, mago. - Disse a mulher. Outra pessoa estava segurando o homem com o qual ela estava conversando. - Faça o que combinamos. Desfaça a magia e pouparemos sua vida.

- Não só a minha, mas da minha família também! Você prometeu! - Respondeu o homem, visivelmente desesperado.

- Sim, sim. Eles estão bem. Apenas faça seu trabalho e tudo isso acaba. - Assegurou a mulher.

Alguns outros momentos se passaram e Mona podia sentir o sortilégio mágico sumindo do local. Ela sentia seus poderes retornando. Tocar a porta não mais a queimaria. Ela conseguiria sair facilmente dali. Ela ouviu a voz da mulher:

- Muito bem, garota! Pode sair agora! E para o seu bem, mago, é bom ter funcionado.
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O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado) Empty Re: O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado)

Mensagem por Mona Mayfair Seg Nov 30, 2015 8:47 pm

Abriu um pequeno sorriso, a mulher cadavérica tinha lá seu crédito. Ela trouxe ajudantes? Se tivesse, não era mesmo uma tola. Mona estava sendo guardada a sete chaves para se erguer encima de uma pilha de lenha, com restrições mágicas mirabolantes. Ouviu os gritos de agonia regojizando por dentro, finalmente!

Ah, aquela voz, implorando para ser poupado! Como queria fechar as mãos em seu pescoço frágil de velho, ouvir as artérias se fecharem, o engasgue, o peso do corpo morto nas mãos pequenas, mas bastante ágeis da menina-monstro! Ahhhh, mas que bonito seria se estivesse com...

O peso inimaginável das suas costas cessou. Os olhos verde-azuis cintilaram e, em menos de uma fração de minuto, a porta "explodiu". Quer dizer, ela usou uma telecinesia absurda, que estava sendo destilada por dias, o desejo de ver o portão de ferro frio longe era demais para ela dar um boost de telecinese naquilo e mandá-lo parar na parede oposta, todo amassado. Caminhou para fora, lentamente, sentindo os pés descalços na pedra fria. O vento estava começando a mudar e Lasher era o responsável. Os cabelos ruivos de Mona rodopiavam em cachos, a opala e a esmeralda fuzilavam com um brilho faiscante o velho mago. Por aqueles minutos, não se importou com a responsável pela liberdade, só queria seguir seus instintos. A voz, controlada, firme, só disse uma palavra.

- Imundo. - e apontou a mão aberta para o mago que tinha tanto feito contra ela. Sim, era a hora. Iria esmigalhar aquele pescoço, ah se ia! Começou a apertar, os ventos lá fora já formando a tempestade, o ruído de pessoas correndo, cavalos, porcos. Mas nada a impediria de matar o homem que a encarcerou naquele cubículo por tanto tempo.

Finalmente fechou a mão e, com um movimento só de telecinesia ou alteração de gravidade, não se sabia, o pescoço do velho se contorceu e, por fim, se esmagou, como se tivesse sido apertado com muita força. Ao terminar isso, Mona voltou o olhar lentamente para a mulher cadavérica.

- Me leve até o seu senhor. Aqui, as coisas ficarão sérias. Não respondo inteiramente pelo meu espírito guardião. - riu, quando viu nuvens negras se formando. - Lasher é bom no que faz.
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O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado) Empty Re: O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado)

Mensagem por Admin Ter Dez 01, 2015 11:02 am

Felizmente, a mulher morta-viva e os outros não estavam no rumo da entrada da cela. Caso contrário, a porta arremessada violentamente por telecinesia teria atingido a todos. Além do morto-vivo segurando o mago, havia mais quatro deles, de diferentes aspectos e formas, aguardando instruções. Eles não se objectivaram ao fato de Mona matar o mago responsável pela armadilha mágica da cela. Pelo contrário, assim que a feiticeira começou a enforcar o velho, o morto-vivo que estava segurando o homem o soltou. A mulher dissera que a família dele estava bem, mas era obviamente mentira, pois já haviam matado a família do mago bem antes. Após o pescoço do homem ter virado pó, a mulher riu e disse:

- É bom ver que não estávamos enganados sobre suas habilidades! Pode me chamar de Beatrix. Depois apresento os outros, são muitos, além de meu mestre, claro. Por hora, vamos sair daqui. Deixe o seu companheiro Lasher fazer o que sabe. Nós também entraremos na brincadeira. Vamos dizimar toda essa vila! Isso vai agradar nosso mestre, pois ele queria mesmo expandir seu território. Vamos!

Dada a ordem, Beatrix e os outros mortos-vivos deixaram a prisão, alcançando as ruas da vila, e começaram a chacina. Não poupavam ninguém e matavam das formas mais criativas possíveis, começando pelas pessoas nas ruas e depois invadindo casa por casa. Mona poderia liberar toda sua raiva acumulada, liberar todo o poder de Lasher. Beatrix aguardava exatamente por isso, ela queria conferir todas as habilidades da garota.
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O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado) Empty Re: O retorno da feiticeira Mona (Descontinuado)

Mensagem por Admin Qua Jan 13, 2016 11:05 am

(OFF: Cena combinada em Off, dando prosseguimento.)

Não sobrou quase nada da vila depois que Mona e os mortos-vivos dizimaram o lugar. A morta-viva Beatrix estava satisfeita, acreditando que Jason também veria toda a destruição que aquela garota era capaz de fazer, o que a tornava uma excelente aliada. Reagruparam-se após o ataque e partiram para Brrzengard.

Já na fronteira das montanhas geladas, Mona podia observar mais mortos-vivos que guardavam o acesso ao reino. Começando a subida através dos caminhos cobertos de neve, era possível ver grandes macacos de pelagem branca. Não eram selvagens. Seu comportamento e postura sugeriam que eram inteligentes e seguiam ordens de algum superior. Alcançaram uma vila em uma clareira no meio da montanha. Estava quase totalmente ocupada por mortos-vivos e macacos da neve, mas aquele não poderia ser o temível "exército" do mestre de Beatrix, certo? Ela se dirigiu até uma fonte congelada no centro da vila e ativou algum mecanismo mágico, que deu acesso a um túnel subterrâneo. A morta-viva fez um sinal para que Mona a seguisse.

Dentro do túnel, a temperatura era ainda mais baixa e as tochas se esforçavam para manterem-se acesas. O túnel terminava em uma pequena ponte de onde era possível ver o que realmente havia ali embaixo. Era uma grande caverna subterrânea transformada em um forte para abrigar aquelas forças. Ali havia centenas de mortos-vivos, macacos da neve e outras criaturas estranhas, todas preparando-se para a guerra. Contra quem era essa guerra, Mona ainda não sabia. Beatrix a levou até uma construção alta, dos muitos prédios feitos de puro gelo da caverna, o que ela podia supor se tratar do centro de comando ou algo do gênero. Era hora de apresentá-la ao seu mestre.

Dentro da sala havia um rapaz loiro de vestes negras debruçado sobre uma larga mesa, em cima da qual estava aberto um mapa de todo o continente. Ao lado dele havia uma figura de capa e capuz, cujo rosto não estava visível. Não era possível dizer nem mesmo sua natureza ou seu gênero. Estavam conversando, pareciam planejar algo, olhando e apontando o mapa a todo instante. Qual dos dois era o líder? Ou os dois comandavam aquelas forças? Beatrix dirigiu-se ao rapaz loiro, curvando-se diante dele e dizendo:

- Mestre, eu encontrei esta feiticeira em uma das vilas próximas de Brrzengard. Eu segui os boatos de suas habilidades que se espalharam pela região e tive provas da habilidade da garota. Não deixe que a idade o engane, mestre, ela é muito poderosa. - E deu alguns passos para o lado, para que Mona pudesse falar.
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Mensagem por Lilandra Qua Jan 13, 2016 1:03 pm

Apoiada em uma foice, a figura apenas levantava a cabeça a ouvir aquilo. Tantos planos, tanto planejamento e as coisas pareciam...Entediantes aos olhos dela. Jason e seus planos de conquista que pareciam se estender por tanto e tanto tempo... E até mesmo a paciência da figura ao seu lado parecia ja estar chegrando próxima de um ponto máximo...E logo seria necessário agir.

Mas finalmente, algo acontecia que parecia a tirar do tédio.

Apesar da entrada e das palavras, o capuz apenas erguia-se poucos centímetros. Estava em pé próxima a Jason e nada dizia durante aquele breve relato. Antes que o jovem se manifestasse entretanto, ela se movia, retirando os braços da posição de descanso. Jason sabia que aquilo era um tanto incomum, e naquela tradicional mistura de temor e respeito aguardava o que ela diria.

- Ouviu rumores. Sobre uma Feiticeira poderosa, uma feiticeira perigosa. Alguém que, se a seguiu até aqui compartilha dos mesmos... "Ideais" que Jason. A soltou, trouxe até aqui revelando nossa localização.

A voz feminina por tras do manto não se alterava, parecia calma, até com um certo zombar observando Beatrix. Logo, dois pontos luminosos azuis, que deviam ser os olhos se intensificavam, olhando para as duas e em um instante revelando as feições da ceifadora. Antes de escurecer por completo novamente.

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Voltava a se calar, apenas observando as reações...Aguardando.
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