Nova Ordem Renegada
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Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado)

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Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado) Empty Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado)

Mensagem por Admin Ter Mar 18, 2014 4:56 pm

[Resumo: A ladina Cat se reencontra com um amigo de infância, Mouse, que também era ladrão. Ele pede ajuda a ela para realizar um roubo, pois será morto em caso de fracasso pelo líder da guilda à qual pertence. Ele deveria roubar um objeto mágico pertencente à Lei Keylosh, que mora em Lagus.]



Narrador
*Se Cat mantivesse as más companhias que fez quando ainda morava na casa da velha cozinheira, não era de se estranhar que acabasse se envolvendo em diversos tipos de roubos. Cedo ou tarde, suas habilidades começariam a ser notadas na cidade por seus amigos ladrões e por olhos atentos de pessoas que buscavam talentos para diferentes trabalhos.
Supondo que ela viajasse e pernoitasse em diferentes tavernas e estalagens, em uma destas pernoites Cat receberia um convite incomum. A chave de seu quarto foi entregue pelo taverneiro juntamente com um pequeno pedaço de papel, onde se lia: "Caso esteja interessada em um serviço muito lucrativo, vá até a parte de trás do estábulo da cidade em uma hora."
Já era noite, portanto, o suposto encontro aconteceria sob a luz da lua. Caso Cat perguntasse sobre a mensagem ao taverneiro, ele diria que foi entregue por uma pessoa coberta completamente por uma capa preta que não se identificou. Apenas o instruiu a entregar aquilo para uma moça que viria pernoitar e que tinha os olhos mais verdes que ele já havia visto.*

Cat
*Cat recebe o bilhete com a chave, vai até seu quarto e joga a pequena bolsa que carrega consigo em cima da cama, observando o bilhete. Não reconhecia a escrita. Nem o cheiro, apesar de ter o ofato extremamente sensível, assim como sua audição. Olhos de pupilas pequenas e de cor verde turquesa fecham e abrem vagarosamente, respirando fundo e soltando o ar com tranquilidade. 'Em uma hora.' Ela teria algum tempo, mas não para pensar, exatamente. Era fácil chegar até o estábulo, mas ela formulava várias versões do que se tratava a proposta. 'Lucrativa' era em absoluto um chama, mas o que teria que fazer? Suas habilidades eram precisas e trabalhadas. A ruiva abre sua pequena bolsa, em vários compartimentos, em cima da cama. Pega duas adagas e as posiciona nas parte baixa das costas. Outras duas adagas na parte de cima. Um punhal na bota e está pronta para sair. Solta os fios ruivos e impecavelmente lisos, que se alongam até o final de suas costas. A pele branca de bochechas rosadas, igual com a ponta do nariz, entram em contraste com a calça e corpete pretos de couro, assim como a camisa que usa por baixo e a bota até os joelhos. Era incrível que uma menina que havia passado fome e outros infortúnios da vida havia se tornado tão linda, com corpo tão bem feito e proporcional, como se tivesse sido desenhada. Ela respira fundo novamente, ajeita a capa em si e se cobre com o capuz acima da cabeça, saindo do seu quarto no estabelecimento e se encaminhando para o estábulo da cidade.*

Narrador
*Cat realmente não reconheceria a escrita, mas podia perceber que a caligrafia havia sido simulada. Quem escreveu aquilo não possuía aquela letra. O cheiro do papel também era estranho, como se alguém tivesse tentado deliberadamente mascarar o cheiro daquele pedaço com aromas artificiais. Um trabalho semi-amador, mas compreensível. Ninguém deixava pistas naquele ramo de trabalho e Cat sabia bem disso.
A cidade estava silenciosa. Era o começo da madrugada e havia apenas os guardas fazendo suas rondas na rua, que Cat deveria evitar para não arranjar problemas com as autoridades locais. Ela conseguiria chegar ao estábulo sem problemas. Andar furtivamente nos cantos escuros de uma cidade era sua habilidade mais básica, era tão fácil quanto respirar.
Ao chegar na parte de trás do estábulo, ela avistou uma figura de capa negra e capuz, que fitava o outro lado e estava de costas para Cat. Até mesmo parecia se tratar de um ladino, como ela. Ele, entretanto, não ouviu Cat se aproximando e permaneceu parado, olhando ao redor.*

Cat
*Cat se aproximava vagarosamente da pessoa de capuz, chegando a ficar a menos de dois metros de distância quando pigarreou.* - Então? Negócios? *Sua voz é aveludada e brincalhona, serena. Permanece parada e retira o capuz para mostrar o rosto, apoiada na perna esquerda com as mãos nas costas por debaixo da capa. Ela tem um sorriso gentil e confiante acompanhando sua voz e mantém o olhar focado na figura parada logo ali pertinho.*

Narrador
*A pessoa com a capa negra deu um pulo assim que ouviu a voz de Cat. Virou-se a ela com o coração saltando pela boca. Assim que se acalmou, a pessoa respondeu. Era uma voz masculina e jovem, muito familiar à Cat.* Você sempre foi melhor nisto do que eu, Cat. Em tudo. Meu trabalho de forja pode não ser tão bom, mas pelo menos consegui atrai-la até aqui.
*O rapaz então retirou o pano escondendo seu rosto e o capuz, revelando uma face magra e os olhos grandes e castanhos, além de um sorriso sorrateiro. Era Mouse, um dos garotos que cresceu com Cat na casa da velha cozinheira e um dos que a delatou quando ela roubou a joia.*


Última edição por Admin em Sex Dez 12, 2014 5:07 pm, editado 3 vez(es)
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Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado) Empty Re: Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado)

Mensagem por Admin Sex Mar 28, 2014 4:13 pm

Cat
- Mise? Céus, você não mudou muita coisa! *Cat sempre fora apegada aos queridos, principalmente à velha e as crianças mais novas. Ela se controla levemente para não correr e abraça-lo. O sorriso abre mais e seus olhos brilham. Apesar dele tê-la delatado, para Cat Mise era influenciável demais, ela realmente não acreditava que havia feito por vontade própria.* - Então, o que quer por aqui? Está tarde e crianças deveriam estar na cama ao invés de serem pegas de surpresa. *A ruiva levemente gira sobre os calcanhares como se não fosse esperar uma resposta, dando meia volta vagarosamente.*

Narrador
*Mouse fica surpreso pela reação dela. O sorriso some de seu rosto e dá lugar a um certo receio. Ele começa a segui-la, caso ela se afastasse dali depois de dar meia-volta.* Eu não sou mais criança! Eu sei me virar! Bem, eu achei que sabia, pelo menos... Cat, ouça. Sobre aquele roubo da joia... Eu nunca quis entrega-la! Mas eu não segui seus passos por três cidades apenas lhe dizer isto.
*Ele parou de repente, sua voz saindo menos confiante.* Eu preciso da sua ajuda, Cat.

Cat
*Cat para. Ela sabia que Mise diria aquilo. Ela vira novamente pra ele, fitando-o com seus olhos verdes de gato.* - Do que você precisa, Mise? Você pode confiar em mim, apesar de eu não confiar em você. Ainda.

Narrador
*Ele coçou a nuca, olhando para o chão. Parecia envergonhado em ter que pedir ajuda, mas estava igualmente desesperado e começava a deixar isso transparecer.* Eu sei que não confia em mim e não a culpo, Cat. Não fiquemos aqui. Alguma patrulha pode nos ver. Vamos até aquele telhado. *Mise escalou a parede do estábulo com certa habilidade, mas sequer se comparava ao que Cat fazia. Uma vez no telhado do estábulo, ele pulou mais dois telhados, onde parou. Era uma construção alta e nenhum guarda os veria ali. Mise prosseguiu.*
Depois que eu saí da casa daquela velha, eu fui para as ruas. Eu queria fazer um nome para mim, queria ser um grande ladrão, um cujo apelido se espalha facilmente pela cidade. Eu prestei alguns serviços para o líder de uma guilda. Um homem poderoso e rico. Eu tinha certeza de que eu seria famoso com ele. Mas eu estraguei tudo em um roubo e agora estou devendo milhares de peças de ouro para ele. Ele vai me matar, Cat... A menos que eu faça outro serviço. *Mise fitou-a, observando as reações dela.*

Cat
*Cat o segue e chega com equilíbrio e perfeição ao telhado, onde ficaria parada, ouvindo-o e fitando-o, com rosto impassível e séria.* - Eu estou deveras curiosa pra saber como foi que você conseguiu estragar tudo. Mas principalmente, quem é esse cara, esse figurão. Ele sabe que você veio me procurar, Mouse? *A voz dela não se altera e continua concentrada e contida.* - Como pode ser tão idiota, Mise... "Faça por você", esqueceu? Bom, do que precisa?

Narrador
*O rapaz voltou a coçar a nuca, fitando os telhados da cidade banhados pelo luar.* Ahn, bem... o líder da guilda mandou que eu recuperasse um vaso antigo que estava na casa de um traficante da região. O vaso pertenceu à mãe dele antes da guerra civil que aconteceu naquela cidade. Tinha um valor sentimental para ele. Eu consegui pegar o vaso e o coloquei na carroça para fugir. Os homens do traficante me perseguiram e, no caminho, eu perdi o controle da carroça e ela e o vaso caíram rio abaixo, no penhasco. *Mouse fez uma pausa, engolindo seco. Seja lá quem era o líder dessa guilda, ele devia estar realmente nervoso com o rapaz. Ele fitou Cat novamente.*
Eu inventei uma história para ele, mas meu azar foi que outros membros da guilda viram o vaso caindo e contaram a ele. Huh. Acho que eu provei do meu próprio veneno afinal... *Mouse balançou a cabeça e continuou.* De qualquer maneira, agora eu preciso roubar um objeto presente em uma cidade chamada Lagus, perto daqui. Já ouviu falar da famosa taverna, para onde os seres mais estranhos de todo o continente vão? Lagus foi construída anos atrás ao redor da cidade. Foi isso que me informaram, pelo menos.

Cat
*Cat ouvia tudo atenciosamente, analisando o nervosismo de Mouse. A luz da lua enriquecia de brilho o cabelo cor de cobre, ela resolveu sentar no telhado, despreocupadamente.* - Mise, sinceramente, como pode ser tão, tão estúpido? Céus, você quis fazer um nome? Tudo bem. Roube algo importante e espere alguém dar falta. Então você passa adiante ou espera alguém lhe procurar pra negociar. Nunca faça algo para alguém. Principalmente lideres de guilda. Eles sempre lhe cobram caro e o nome que vai crescer é o deles, nunca o seu. Foi muito justo o que aconteceu com você, afinal. Bom... Agora não temos mais como voltar no tempo. *Ela respira fundo, apoiando-se com os ombros no telhado, banhando-se com a luz da lua. Fecha e abre os olhos vagarosamente, raciocinando. Volta-se para Mise, fitando-o.* - Eu conheço a taverna. Conheço as pessoas que frequentam a taverna. E também conheço você. Principalmente depois do que você me narrou, das suas desventuras, sei que não vai conseguir roubar o que te mandaram roubar. Aliás, que objeto seria esse e qual seu alvo? Com quem está esse objeto? Outra pergunta: como me encontrou aqui?

Narrador
*Ele se agachou perto dela no telhado, ainda com preocupação no semblante. Sabia que havia errado ao se juntar à guilda, mas agora não havia volta.* Eu pedi ajuda aos outros ladrões da guilda, mas nenhum deles quis me ajudar, com medo de que o líder também os matasse se eu falhasse em minha missão. Eu saí pela região pagando taverneiros e olheiros e passando descrições a eles de todos que moravam naquela casa conosco. Eu tinha esperança de que um dos meus amigos de infância fosse me ajudar, mas eu sabia que você era a única que conseguiria realizar este roubo. Eu sabia que você poderia tentar se vingar pelo caso da joia, mas era um risco que eu precisava correr. Eu estaria morto de qualquer maneira se não conseguisse.
*Ele retirou um papel enrolado de uma pequena bolsa de couro que carregava sob a capa e o abriu sobre o telhado. Era o rascunho da planta de uma cidade.* Lagus é uma cidade livre. Qualquer um pode entrar lá, desde que não cause problemas. O objeto não está na cidade em si, mas sim com alguém que mora na cidade. Ouviu-se que um homem chamado Lei Keylosh, que fez fama aqui no passado, retornou para estas terras há cerca de dois meses atrás. Segundo informações do submundo, ele tem posse de uma arma mágica. Os olheiros que estiveram na cidade disseram que ele passa a maior parte do tempo dentro deste templo. *Ele apontou o rascunho correspondente ao templo no mapa.*
Eu não sei mais nada além disso. Não sei como é a arma e nem se ela fica no templo. Sequer sei se ele a trouxe até Lagus ou se ele ainda a possui. Tudo o que sei é que tenho que levar a arma até o líder, ou estarei morto. Eu já pensei em fugir, mas a guilda é muito grande. Eles me achariam, mais cedo ou mais tarde. *Ficava claro agora que o líder da guilda uniu o útil ao agradável: Ele queria que a arma fosse roubada, mas sabia que era extremamente difícil. Enviou Mouse, sabendo que o rapaz nunca teria as habilidades necessárias para o serviço. Se Mouse morresse na missão, era um problema a menos que teria.*

Cat
*Cat ouvia atenciosamente a cada palavra de Mise. Ela sequer perguntaria o que o fazia pensar que ela o ajudaria, porque ele simplesmente sabia que ela iria ajudar. A ruiva olha o mapa quando o rapaz o retira e começa a explicação sempre ouvindo. Ela se encaixava perfeitamente na missão. Mouse não podia se arriscar, por mais que fosse responsabilidade dele o roubo. Se era para salva-lo, ela também não perguntaria sobre sua parte no roubo. Faria o que tinha que fazer, retornaria e entregaria para Mise, que estaria livre e assim não se meteria mais em guildas. Mas ela trabalhava sozinha. Depois que foi delatada pelo antigo grupo, inclusive Mise, fez nome trabalhando por si e para si.* - Mise... Você sabe que não vai poder ir, não é? Eu ajudo você, claro. Mas eu trabalho sozinha. Se você fosse eu ficaria preocupada com você e com todo o resto. Não quero te arriscar duas vezes. Eu vou sozinha.

Narrador
*Mouse fez um afirmativo com a cabeça.* Eu esperava que quisesse ir sozinha e não estou em posição de recusar. Será melhor mesmo, já que eu estive várias vezes em Lagus. Um estranho em uma cidade pequena fazendo perguntas levanta suspeitas. Você também será uma estranha, mas, pelo menos, terá o elemento surpresa ao seu lado.
*Mouse deixou o mapa com ela e se levantou, dizendo.* Tudo bem, você irá sozinha, mas deixe-me pelo menos levá-la até a cidade. E se algo acontecer, Cat, qualquer coisa que a coloque em perigo, retorne imediatamente, está bem? Eu não aguentaria vê-la em perigo por minha causa, principalmente depois do que... Aconteceu no passado. Lagus fica à leste. Eu não tenho um cavalo e acredito que você também não, mas... Sempre podemos roubar um par deles do estábulo, certo? *Principalmente porque estavam a um telhado de distância do estábulo.*

Cat
Mise, eu que me sentiria mal se algo acontecesse com você. Não me perdoaria. E esqueça o passado, se foi há muito tempo. Certas coisas tem que acontecer pra dar passagem a outras. Mas por favor, entenda... Depois dessa entrega, trabalhe pra você. Cresça sem precisar de um escroto no teu encalço. Você é muito novo, vai ter tempo pra fazer isso. E conte comigo. *Ela se levanta, respirando fundo, observando a altura do telhado para o chão. Ela tinha habilidades bem específicas e escalada e quedas faziam parte dessas habilidades.* - Sim, um cavalo cairia bem, e os daqui são ótimos. Então, quer partir hoje ou ao amanhecer?

Narrador
*Ele fez vários afirmativos com a cabeça frente ao conselho dela e depois respondeu.* Lagus fica há algumas horas daqui a cavalo. Se preferir ir até a cidade sob a luz do dia, então seria melhor que pernoitássemos aqui e partíssemos cedo. Você não pagou pelo seu quarto adiantado, pagou? Não vamos pagar por algo como estadia. Aliás, quando é que pagamos por algo? *Deu uma pequena risada.* Vamos pernoitar lá e saímos furtivos pela manhã. O dono sequer vai notar.
*Cat sabia que não seria difícil entrar e sair escondida da estalagem. Havia muitas janelas no andar de cima e, a julgar pela quantidade de chaves penduradas que ela havia visto no quadro de madeira atrás do dono, a estalagem estava quase vazia. Cat notaria que Mouse não disse em nenhum momento que dormiria em outro quarto que não fosse o dela.*
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Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado) Empty Re: Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado)

Mensagem por Admin Ter Abr 22, 2014 10:40 am

Cat
Sim, Mise, eu paguei pelo quarto. E sim, você dorme no chão. E sim, vamos amanhã logo ao amanhecer. *A voz de Cat era doce e dura ao mesmo tempo. Ela pagara pela estalagem pra não atrair suspeitas, nem ser atrapalhada ou surpreendida pela cobrança do dono do lugar depois. Ela aprendera a ser certa quando podia ser. Por hora, vamos pra estalagem. Os cavalos nós pegaremos pela manhã. O dono do estábulo chega às cinco ou antes. Esse é nosso horário.

Narrador
*Mouse concordou com a cabeça. Seguiria as regras dela, já que ela fazia aquilo por ele. Além disso, não seria louco de descumprir nenhuma daquelas condições. Iria com ela de volta para a estalagem como pessoas normais, entrando pela porta da frente e usando a escada, o que era estranho para quem estava acostumado a andar sobre telhados e atravessar janelas.
Uma vez no aposento, ele se acomodou como pôde no chão, ao lado da cama dela. Mas, claro, ele tinha que falar um pouco antes de dormir, como sempre fazia na casa da velha cozinheira. As outras crianças chegavam a reclamar, pois ele não parava de falar e não deixava os outros dormirem.*
Hey, Cat. Você sente saudade daquela época? Saudade da comida da velha... Quer dizer, antes de toda aquela coisa com a joia acontecer...

Cat
*Ela percorreu o caminho inteiro como se ao seu lado fosse um irmão mais novo. Deu um aceno ao dono da estalagem com a cabeça, 'boa noite' e colocou uma mão nas costas de Mise, fazendo-o subir as escadas na sua frente. Chegaram ao quarto, Cat preparou-se para dormir, colocando duas cobertas no chão e uma almofada para Mise. Pôs suas adagas e facas em cima da cama, ao seu lado, e ola favorita embaixo do travesseiro. Fechou as janelas, e deitou-se, ouvindo Mise.* - Acho que sim... Sim, eu sinto falta. Sinto falta principalmente da velha. Não sinto falta daquela época em especifico, mas sinto falta dela. E de alguns da casa, mas não consigo lembrar do rosto de ninguém... Infelizmente essas memórias mais específicas se perderam pra mim, depois do que aconteceu. Satisfeito? Podemos descansar agora? *Cat fala com um ar divertido, leve.*

Narrador
Claro, teremos um dia cheio amanhã. *Respondeu ele prontamente. E voltaria a falar em seguida, claro.* Mas eu queria perguntar uma última coisa... Afinal, você conseguiu ficar com aquela joia ou não, depois de ser descoberta?
*Independente da resposta dela, o rapaz ficaria em silêncio em seguida e adormeceria. Pelo menos aparentava dormir. Cat sabia muito bem que ladrões como eles tinham o sono leve e sempre estavam preparados para tudo. O braço de Mouse repousava sob a almofada que servia de travesseiro, mostrando que ele provavelmente tinha uma adaga escondida ali. Hábitos normais de pessoas como eles.*

Cat
Eu não vou lhe responder isso, Mise... Sinto muito. Mas acho que você já sabia disso, não? Bom, durma. Acordaremos em alguma horas e temos um dia cheio amanhã. *Ela vira-se e fecha os olhos, respirando profunda e vagarosamente, relaxando. Assim poderia ouvir com mais facilidade.* - Mise... O que aconteceu depois que eu fugi? *Ela pergunta baixinho, sem intenção de verdade de Mouse ouvi-la.*

Narrador
*Um silêncio se fez no quarto depois da pergunta dela. Mouse não respondeu a princípio e parecia que os dois finalmente iriam dormir. Ela ouviu, então, a resposta dele, no mesmo tom baixo de voz.* A culpa nos tomou, Cat. Mas acho que você já sabia disso, não? *Não era possível dizer se a resposta dele foi consciente ou se já fazia parte de seu sonho. Ele faria silêncio em seguida, adormecendo.
Independente do horário em que Cat acordasse, ele acordaria imediatamente depois dela, como se já tivesse planejado isso. Guardou a adaga em sua bolsa discretamente, tentando esconder isto de Cat. Ele desceria até o hall da estalagem primeiro, deixando que ela tivesse privacidade para se arrumar e também aproveitando para comer algo. Ele a aguardaria para que pudessem pegar os cavalos e partir em viagem.
Mouse ia indicando a direção a seguir, observando um mapa da região. Atravessaram uma vasta planície, sempre mantendo uma grande floresta à direita. Assim que alcançaram o rio, Mouse indicou para que seguissem margeando o mesmo e assim conseguiriam chegar até Lagus.
A cidade já podia ser avistada de longe, pois ficava em uma região plana. Havia um grande lago à frente dos muros da cidade e uma taverna gigantesca com dois andares. Era perceptível que a cidade fora construída ao redor daquele estabelecimento, e depois reforçada. Era uma cidade pequena, mas a julgar pelos muros e soldados que a guardavam, podia-se concluir que o líder daquela comunidade já esperava problemas.
Os portões estavam abertos e o fluxo de pessoas era razoável. Os soldados não barravam ninguém, mas perguntavam o motivo da entrada na cidade. Assim que os cavalos dos dois pararam próximos dos portóes, Mouse cobriu o rosto com um pano e sussurrou à Cat:*
Já estive muitas vezes aqui. Talvez eles me reconheçam. Vou esconder meu rosto e ficarei em silêncio. Apenas... Invente algo para o guarda! *O soldado se aproximou, olhando Cat e Mouse alternadamente, e perguntou de forma corriqueira.* Seja bem vindos à Lagus. Qual é a natureza de sua visita?

Cat
Eu e meu irmão viemos comprar do seu ferreiro. *Cat fala séria, mas educadamente. Mantém-se firme e quando menciona Mise, aponta com o polegar pra ele.* Não demoraremos muito na sua cidade. Depois dos negócios iremos para a próxima cidade, soldado. *A ruiva sorri e espera a resposta do soldado.*

Narrador
*Ainda sem muito interesse, pois fazia aquilo o dia todo com muitas pessoas, o soldado repousava o olhar em Mouse, que fazia alguns movimentos curvando-se para o guarda, como se pertencesse à alguma religião estranha. Tentava justificar o fato do rosto do rapaz estar coberto. O guarda olhou de volta para Cat e respondeu, apontando o interior da cidade com o polegar.* Mantenha-se na rua principal e vire a segunda à esquerda, o ferreiro estará lá. Próximo! *O soldado fez sinal para que eles atravessassem os portões, enquanto abordava o próximo na fila. A rua principal da cidade atravessava a mesma de ponta a ponta e, ao final, podia-se avistar um grande templo. Mouse esperaria que eles se afastassem bem dos portões para dizer.*
Muito bom, Cat. Veja, aquele é o que eles chamam de Templo de Marah. É lá que aquele homem chamado Lei Keylosh fica a maior parte do tempo, pelo que pude observar nas últimas vezes em que estive aqui. Ele também frequenta bastante a taverna daqui e pode ser visto andando pelas ruas na maior parte do dia. *Assim que pararam os cavalos, ainda sem desmontar, Mouse disse.* Você pode tentar obter mais informações diretamente dele ou de outras pessoas da cidade, ou pode tentar entrar no templo e procurar pelo objeto. Tenho certeza de que você tem habilidade de sobra para isto. Eu não vou atrapalhá-la, Cat. Estarei junto ao ferreiro para não despertar suspeitas. Você... Faça o que sabe fazer de melhor. Estarei aqui se precisar de ajuda ou se as coisas derem errado.
*Mouse se aproximou, fitando-a.* Boa sorte e... Obrigado novamente, Cat. *Caso ela tivesse qualquer outra pergunta para fazer que ele soubesse responder, ele o faria antes de se afastar.*
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Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado) Empty Re: Um jogo de Gato e Rato - Introduzindo a ladina Cat (Descontinuado)

Mensagem por Admin Sex Ago 15, 2014 11:26 am

Cat
*Cat fica calada ouvindo Mise o tempo todo e faz um aceno com a cabeça, se distanciando dele e indo em direção ao templo. Ela olhava para o lugar, buscando a taverna. Precisava beber alguma coisa e aproveitaria a oportunidade para conseguir alguma informação, qualquer que fosse. Ela esperava ver o homem chamado Lei Keylosh, para observá-lo de longe e saber como deveria proceder depois. Ela esperava não ter que usar todas as suas habilidades, mas claro que usaria se necessário. Ao avistar a taverna, desmonta do cavalo e entrega pra qualquer rapazote que houvesse ali por perto. Ela espera um pouco pra entrar no lugar, e resolve tirar a grande capa, mostrando a roupa de couro e tecido escuro colada em corpo, colocando o sobretudo sobre a pequena bolsa que levava consigo. Porta adentro, ela procura um lugar comum pra sentar e logo pede algo para beber. Ela queria ser vista, mas sem chamar atenção.*

Narrador
*O rapazote cuidaria do cavalo, esperando alguma gorjeta em troca. A taverna era grande e movimentada. O segundo andar e as chaves penduradas atrás do balcão denotavam que era também uma estalagem. Aquele estabelecimento foi palco dos encontros das criaturas mais estranhas e poderosas antigamente. Era apenas natural que fosse um local movimentado e frequentado por diversas raças diferentes. Orcs, anões, elfos e diversas outras criaturas ficavam ali, bebendo e trocando contos de grandes façanhas.*
*Naturalmente Cat atraiu alguns olhares no momento em que pisou ali e retirou sua capa, mas ninguém seria abusado o suficiente para mexer com ela. Todos ali sabiam que qualquer criatura poderia não ser o que aparentava. Não havia nenhum sinal do homem que Mise havia descrito, mas Cat seria recompensada se fosse paciente. Ao cair da noite, a clientela diversificada se foi, dando lugar à predominância de humanos na taverna.*
*Entre os muitos homens e mulheres que adentraram o local, lá estava o alvo. Um homem loiro e barbudo, com cabelos e barba grandes e desarrumados, que sentou-se ao balcão de forma solitária e pediu uma caneca de hidromel. Aquele, definitivamente, era Lei Keylosh.*

Cat
*Cat não se aproximaria logo do homem, que ela notaria quem era realmente. A moça o observa alguns minutos bebericando seu hidromel pacientemente. Terminada a caneca, ela se levante levemente levando o casaco a tiracolo, sentando a uma cadeira do barbudo, pedindo em seguida outra caneca de bebida. Baixou a cabeça um pouco, olhando seu casaco, voltando a olhar pra frente e receber a bebida. Passa a mão nos cabelos longos em trança, dois goles de hidromel, colocando a caneca de volta no balcão enlaçando-a com as mãos.*

Narrador
*O barbudo parecia totalmente distraído, sequer notara a aproximação de Cat. Mas então, em algum momento de distração da ladina, a voz do homem romperia em direção à ela.* Ora, uma apreciadora de hidromel! Isso é raro! Eu vivo dizendo para estas pessoas que hidromel é a melhor bebida que existe! Mas eles insistem em vinho, rum, e não sei mais o quê! Eu sinceramente não sei o que se passa na cabeça dos habitantes de Lagus!
*Ergueu a caneca e deu mais um gole, fazendo um movimento simpático de cabeça para ela.*

Cat
*Ela sorri simpaticamente e logo lhe faz um sinal com a caneca para cima e bebe um gole também.* - Concordo, meu senhor! Hidromel é melhor que qualquer uma delas! E sei que não deve ser tão comum ver uma mulher bebendo tal coisa, não? *Ela era leve, simpática, mas nada expansiva. Esperava qualquer coisa do homem, e aprendera que jamais deveria não esperar de tudo. Ele devia ter alguém ali perto para lhe defender, e se não tivesse, é porque era forte e habilidoso o suficiente para defender-se sozinho.* Aprendi com meu pai, meu senhor, que queria um menino e me recebeu dos deuses! *E sorriu novamente, bebendo outro gole farto do líquido na caneca.*

Narrador
Devo admitir, é mesmo raro ver uma mulher apreciando um bom hidromel, mas hidromel não tem idade e nem sexo. Ele é sempre bom! *Tomou mais um gole e depois deu uma risada, frente ao que ela disse por último.* Acredite, sei exatamente como ele se sentiu! Tive oito... ou seria dez... Filhos até hoje e apenas um homem! Mas acho que isso vai mudar. Minha esposa está esperando mais um e acho que virá mais um garoto!
*Ele apoiou a bebida no balcão e a fitou.* A propósito, Lei Keylosh, muito prazer. Você é daqui? Estou há alguns meses na cidade e não me lembro de tê-la visto por aqui.
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