Nova Ordem Renegada
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Asas da Redenção - Montanha de Fogo (Descontinuado)

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Mensagem por Admin Sex maio 15, 2015 3:40 pm

[Resumo: A fada Nymph aparece na vila da Montanha de Fogo sem suas asas, mas não se lembra de como as perdeu. Jessy Fairheart, a fada anciã, cuida dela e prepara uma missão para que ela as recupere. Quando o dragão vermelho Nogard, o regente da montanha, vai até a vila para coletar a extração semanal de metais preciosos, acaba se encontrando com Nymph. Os dois sentem que já se conhecem, mas não se lembram exatamente de quando e onde. Nogard leva Nymph até seu reduto no topo do vulcão, a fim de descobrir mais detalhes.]



Introdução:
Relato de Jessy Fairheart, a anciã das comunidades arcadianas:
"Eis que um dia ela chegou assim, de repente, em nossa vila. Estava suja, fraca e machucada. Devia ter andado e se arrastado por dias. O cansaço e escoriações se curariam com cuidado e paciência, mas havia um ferimento que exigia muito mais: A pobre fada havia perdido suas asas.
Em minha longa vida eu já vi isso acontecer diversas vezes e sei o que precisa ser feito. Ela também sabia, pois tinha conhecimento dos costumes e rituais arcadianos. Ela se identificou apenas como Nymph e para mim aquilo era suficiente. O nome dela não importava. Como uma semelhante e anciã, era minha obrigação dar a ela a missão que faria com que recuperasse suas asas."
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Em uma certa manhã, Jessy chamou Nymph para sua cabana para conversarem. Nymph já estava totalmente recuperada de seus ferimentos e a comunidade de fadas e gnomos a recebeu muito bem. Jessy preparou uma mesa de chá para as duas e a recebeu com gentileza, dizendo:
- Bom dia, Nymph. Como se sente hoje? Entre e beba um chá comigo. Precisamos conversar e acho que você sabe qual é o assunto.

Nymph
Naquela manhã, Nymph estava pensativa. Em pensamentos avoados desde que chegou na aldeia. É estranho acordar e notar que estava incompleta, faltava uma parte; suas asas. A jovem fada tinha se lembrado que a anciã a convidou para um chá. Lavou o rosto e foi ao seu encontro para um xícara de chá. Estava um pouco acanhada.

- Bom dia, anciã. Eu estou muito bem, obrigada por me acolher em sua aldeia. - Disse Nymph arrumando a vestimenta para sentar-se. - Sim, as minhas asas...- O tom de voz foi em um sussurro, notava-se uma certa tristeza.

Narrador
*Jessy sorriu enquanto se sentavam à pequena mesa de madeira no centro da cabana, e então respondeu.*

- Fico feliz que tenha se recuperado, Nymph. E nós é que temos que agradecer, pois você fez muito pela comunidade nas últimas semanas. Sim, suas asas... - Depois de servir o chá para as duas, ela complementou. - Antes de falarmos sobre sua missão, eu gostaria de perguntar sobre isso e entenderei perfeitamente se você não se lembrar ou não desejar tocar no assunto. Como você perdeu suas asas, Nymph?

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Nymph
Nymph se sentava na cadeira e esboçava um leve sorriso sem jeito. Pelo menos estava bem e segura. - Ah...Eu só fiz o que pude fazer o que estava em meu alcance... - Pegava a xícara de chá e tomava um gole, fazia uma cara estranha. Não estava acostumada com chá. Voltava a atenção para Jessy. - Desculpa, eu não consigo me lembrar de nada...Eu já fiz de tudo para lembrar - De repente os olhos começaram a ficar marejados. Passava as mãos para que as lágrimas não escorrem pelo rosto da mesma. - Só que... Quando eu cheguei aqui, comecei a ter sonhos estranhos. - Fixava o olhar para o líquido que estava dentro da xícara.

Narrador
*Assim que as lágrimas começaram a se acumular nos olhos de Nymph, Jessy estendeu as mãos enrugadas sobre a mesa alcançando as da fada sem asas e disse.*

- Tudo bem, minha criança, tudo bem... Não perguntei por mal. Eu desejava buscar no passado algum detalhe que pudesse ajudar em sua missão, mas o passado não pode fazer nada por nós agora, não é? Concentremo-nos na missão, que você cumprirá muito bem, tenho absoluta certeza.

*Jessy acariciou as mãos de Nymph uma última vez antes de voltar ao normal, sorrindo, tentando animar a jovem fada.*

- Perdoe-me, eu sempre esqueço que as ervas desta montanha possuem um sabor mais amargo que não agrada todos os paladares. Mas, quanto a estes sonhos estranhos que teve quando chegou aqui... Fadas têm uma relação forte o mundo onírico, afinal, é o material que nos forma e nos une. Estes sonhos lhe mostraram algo que pode lhe ajudar ou são apenas reflexos de seu passado?

Nymph
- Ah...Desculpe...- Forçava um leve sorriso nos lábios delicados assim que secava as lágrimas. Respirava fundo. - Não, não tudo bem, é que ainda não me acostumei a não ter as asas. - Olhava para a xícara de chá que estava em frente - e nem do chá. - Continuava a encara-la e depois para o chá. - Lembro-me que há uma erva boa para chá...É ótima para repor energia e ajuda também na cicatrização...- Pegava a xícara com as duas mãos e tomava um gole. - Só não me recordo do nome agora. - E por fim fazia uma leve careta. Ficava pensativa, tentando lembrar dos sonhos. - Sonho....- Parecia estar em transe, deixava a xícara cair sobre a mesa derramando o restante do liquido marrrom.

Narrador
*Jessy levantou-se prontamente quando ela derrubou o chá, pegando um pano próximo e limpando a mesa e a própria Nymph, caso o líquido tivesse respingado nela, dizendo:*

- Não tem problema, minha querida. Não se preocupe com isso. - Depois a anciã sentou-se novamente, fitando-a: - Deixemos tudo isso no passado, que é onde pertence. Vamos falar sobre sua missão. Por muito tempo, a comunidade arcadiana nestas montanhas tem sido...

*Jessy foi interrompida por um estrondo. Parecia um trovão, mas, conforme ficava mais alto, assemelhava-se a um violento bater de asas. Jessy murmurou:*

- Não... Ele veio mais cedo. É muito cedo! Nymph, fique aqui! - A anciã correu para fora do casebre, na direção do centro da vila. Se a curiosidade de Nymph falasse mais alto, ela poderia ignorar a ordem de Jessy e sair para ver o que estava acontecendo, ou apenas espiar pela janela do casebre.

*Por qualquer meio que escolhesse, Nymph veria a mesma coisa: Um gigantesco dragão vermelho pousando no centro da vila. Os habitantes ao redor começaram a se mobilizar, enquanto Jessy se aproximou do dragão e começou a discutir com ele. Nymph conseguia reconhecer algumas frases da anciã como "Você deveria ter vindo apenas na semana seguinte, não temos o ouro necessário ainda". O dragão assumiu forma humana e cruzou os braços, enquanto os gnomos e fadas ao redor traziam os carregamentos de ouro e outros minérios preciosos na direção do draconiano.*

Nymph
Os pensamentos de Nymph ficaram um pouco destorcidos. Um pensamento diferente sempre vinha em mente. A fada apenas moveu a cabeça de forma positiva para a anciã que já não estava no local. Não demorou muito para que a mesma corresse até a janela ver o que estava ocorrendo. - Isso é... - O corpo de Nymph ficou tremulo, caia de joelhos. - Ele está aqui por minha causa? - Estava paralisada. Tentava lembrar de um tempo que havia prometido algo para esse dragão, só não recordava. - Por que eu não me lembro? Droga! - Socava o chão. Uma pequena pedra rubi. Rapidamente se levantou pegando a pedra e ia ao encontro de Jessy. - Anciã....É isso que ele quer... - Esticava a mão mostrando o rubi. - Ganhei da minha mãe antes dela falecer... Isso é a única coisa que eu tenho..- Esperava que ela aceitasse.

Narrador
*Jessy estava de costas para o casebre e, portanto, de costas para Nymph. A anciã não percebeu a aproximação da jovem e quando o fez, já era tarde demais. Depois do que Nymph falou, Jessy tentou tirá-la de perto do draconiano o mais rápido possível, dizendo:*

- Querida, não é necessário fazer isso. Volte para dentro, por fav...

- Espere um instante, anciã. - Disse o draconiano, se aproximando de Nymph.

*A jovem fada agora observava mais de perto o dragão em sua forma humana. Era um homem austero, repleto de tatuagens de runas dracônicas e cicatrizes de batalhas. Carregava uma pele pesada por cima dos ombros, vestia uma cota de malha e uma espada na cintura que apresentava sinais de não ter sido usada há muito tempo. Será que Nymph possuía memórias apenas da forma dracônica dele ou também da forma humana? O homem semicerrou os olhos enquanto fitava a fada. O rosto dela era terrivelmente familiar para ele também. Por fim, observou o rubi que ela apresentara, ficou pensativo por alguns segundos e disse:*

- Parem o carregamento! Anciã, eu tenho uma proposta simples para você: Se esta jovem fada e seu rubi decidirem voltar comigo para meu covil no pico da montanha, eu não recolherei nada da sua vila até a semana seguinte. Ela será pagamento suficiente. Não posso prometer nada em relação ao retorno dela. - Imediatamente, Jessy recusou a oferta, sequer cogitando ouvir a opinião de Nymph:

- Nogard, não! Ela é recém chegada na comunidade! Ela não pode sair agora!

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Nymph
Não iria sair dali. Sentia arrepio pelo corpo ao ver-lo. A voz sumia. Estava completamente paralisada. A anciã estava desesperada com tudo aquilo que estava acontecendo. A única coisa que fez foi dar um passo para trás. - Você.... Eu acho que eu me lembro de você. - Ficava a olhar para Nogard fixamente. Tentava lembrar de onde, mas foi em vão. Aquela sensação estranha tinha voltado. Alguns flashes de memórias apareciam, só que eram cortados. - Anciã... - Notava que Jessy não queria que ela fosse. A mesma respirou fundo e deu alguns passos. - Ora, o que você iria fazer com uma fada inútil como eu? E ainda por cima.... - Ficava de costas para ele. - Sem asas? - Voltava a ficar de frente para o draconiano. Nymph estava com medo, mas tentava não demonstrar isso. - Parece quase uma humana, só que com orelhas pontudas...- Colocava as mãos sobre a cintura e depois cruzava os braços.

Narrador
*Quando Nymph mostrou as próprias costas sem asas, os olhos de Nogard se abriram mais por um segundo, como se aquilo tivesse ativado mais memórias em sua mente. Jessy tentou contra-argumentar com Nymph:*

- Não diga isso, Nymph. Você não é inútil, nós ainda temos muito trabalho pela frente para restaurar suas asas e...

- Anciã, você não tem o poder para me impedir. Nenhum de vocês tem. - Interrompeu Nogard, complementando: - Portanto, deixe-me tornar as coisas mais fáceis para você. Eu LEVAREI esta fada comigo e se algum membro de sua preciosa comunidade tentar me impedir, todos vocês queimarão sob as chamas de minhas baforadas. Fui claro?

*Nogard se afastou um pouco para poder retornar à sua forma original no meio da praça, enquanto Jessy apertou as mãos de Nymph, aflita:*

- Nymph, me perdoe! Eu juro que trarei você de volta! Não deixarei Nogard lhe fazer mal! Eu prometo! - Não houve muito tempo para despedidas. Já em sua forma draconiana, Nogard agarrou Nymph com as patas dianteiras e alçou voo em direção ao topo da montanha.

*O covil do dragão vermelho ficava na boca de um vulcão dormente e consistia em uma rede de cavernas interligadas. A maioria do espaço era usado para guardar o tesouro dele: Pilhas e pilhas de moedas de ouro e pedras preciosas. Havia também alguns objetos mágicos e artefatos diversos. Era de se imaginar há quanto tempo Nogard explorava as comunidades daquelas montanhas. Ele pousou no topo de um rochedo na entrada da caverna rodeada por rios de lava borbulhante, o que proporcionava um calor tremendo.*

Nymph
Pelo visto, o plano não deu muito certo. Sentia as mãos de Jessy tremendo. - Eu vou conseguir escapar... Apenas me de três dias, ok? - Sussurrava na orelha de Jessy antes de ser pega por Nogard. - Pelo menos seja gentil! Sou uma dama. - Uma dama completamente relaxada, claro. Estava emburrada, chateada... Não sabia o que sentir naquele momento. Quando se aproximava do vulcão que estava adormecido, o corpo de Nymph começava a esquentar. - E você não me disse o que vai fazer comigo!? - Estava tão quente, que sentia o calor entrar pelas narinas e pela garganta.

Narrador
*Após ter pousado, Nogard permaneceu em sua forma draconiana, e ficava claro que era sua forma preferida. O ar de superioridade que ele carregava era típico de dragões orgulhosos, assumindo a forma humana apenas quando necessário. Ele virou o longo pescoço, fitando Nymph, e respondeu à pergunta dela:*

- Por hora... Apenas siga-me, fada sem asas. - O dragão começou a caminhar para dentro de seu covil, que era grande o suficiente para acomodá-lo. Caminharam vários metros pelo longo corredor e alcançaram a entrada de uma sala espaçosa, esculpida na rocha do covil, decorada com objetos humanos, como mesas, cadeiras, tapetes e castiçais. Nogard assumiu a forma humana, até porque não conseguiria adentrar a sala de outra forma. Uma vez lá dentro, apontou uma das cadeiras para Nymph e pegou uma garrafa de vinho em uma prateleira do outro lado, dizendo:

- Vê, fada? Não sou o tirano opressor que todos pensam que sou. Pelo menos não o tempo todo... Preparei este cômodo para as visitas de seres menores do que eu. Não me agrada nem um pouco permanecer nesta forma inferior, mas, neste caso, será melhor para conversarmos. E precisamos conversar de fato. O seu rosto me é familiar e não tente esconder o fato de que você também me reconheceu. A questão é: De onde?

Nymph
Pelo visto, não era nada educado! A fada batia levemente as vestimentas que usava para retirar o pó que se encontrava. Pensava de um jeito de sair dali o mais rápido possível. Não falava nada apenas segui-o. Observava cada canto para ver se haveria um jeito de sair de lá. Escorava na cadeira e cruzava os braços. - Pra mim ainda é um tirano! Já não basta ter tanto ouro e ainda pegar dos outros!? - Acabou falando. Nymph sentiu um leve arrepio pelo corpo. - Familiar? Deve está me confundido com as outras fadas, isso sim.

Narrador
*Nogard deu uma pequena risada, enquanto servia vinho em duas taças. Aproximou-se segurando as taças e respondendo:*

- Sim, talvez eu a tenha confundido com outra fada... Vocês são todas iguais para mim. Ou talvez não. - Enquanto estendia uma das taças para ela, continuava. - Eu não roubo nada dos arcadianos. Eles retiram os metais preciosos da montanha, da MINHA montanha, portanto, tudo isso é meu. Eles precisam ser disciplinados através do medo, para sempre se lembrarem de quem é o dono deste lugar. - Independente se Nymph tivesse pegado a taça ou não, Nogard se sentaria em uma cadeira próxima, dizendo:

- Mas, no momento, estou mais interessado no rubi que você carrega. Onde o conseguiu? Quem lhe deu isto?
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